Enviado especial da ONU pede resolução política abrangente e cessar-fogo no Iêmen
Após visita ao Iêmen, o enviado especial da ONU para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed, pediu na segunda-feira (23) uma resolução política abrangente da crise na região e o restabelecimento urgente do cessar-fogo.
Em abril de 2015 um ataque aéreo atingiu a montanha Faj Attan, em Sanaa, capital do Iêmen, causando incêndio e uma grande coluna de fumaça. Foto: UNICEF/Mohammed Hamoud
Após visita ao Iêmen, o enviado especial da ONU para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed, pediu na segunda-feira (23) uma resolução política abrangente da crise na região e o restabelecimento urgente do cessar-fogo.
“É obrigatório que as partes acabem com a violência e aliviem o sofrimento do povo iemenita, pavimentando o caminho para um acordo pacificamente negociado”, disse Cheikh Ahmed.
Em suas reuniões no país, o enviado da ONU pediu que seus interlocutores entrassem em discussões detalhadas sobre a interrupção dos ataques e acerca da entrega de armas de médio e grande porte.
“Há uma necessidade urgente do movimento xiita Ansar Allah e do congresso de fornecerem um plano bem elaborado sobre segurança, retirada e entrega de armas de médio e grande porte”, disse ele, observando que o plano constitui uma parte essencial do acordo de paz abrangente que a ONU está tentando implementar.
“O que precisamos nesta tarefa é mais do que palavras. O que precisamos é compromisso e resultados. Atrasos no fornecimento do plano resultarão em atrasos para alcançar com a paz e permitirão mais mortes e maior deterioração humanitária e econômica”, acrescentou.
O enviado especial também pediu que todos os atores relevantes tomassem as medidas necessárias para eliminar as restrições impostas às aeronaves civis comerciais no acesso ao aeroporto internacional de Sanaa.
Segundo ele, as limitações de viagem dentro e fora do aeroporto impediram que dezenas de iemenitas recebessem tratamento médico necessário e deixaram dezenas de pessoas presas fora do país.
“Isso não pode continuar”, sublinhou, pedindo ao governo do Iêmen que “permita a retomada dos voos comerciais para Sanaa sem mais demora e que todas as partes garantam a segurança do aeroporto e do tráfego aéreo”.
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