Síntese
Há homens que se guiam por suas percepções através dos sentidos, e esses são pobres de espíritos e desejam o reino do céu.
Não
sabem eles que há um sistema que domina uma superestrutura ideológica,
que ditam normas, condutas, regras, dogmas e estabelecem o que é moral
ou imoral.
Neste caso os que creem que se guiam, são alicerçados ideologicamente, para acreditarem nisto.
E creim
que sozinhos farão a leitura do mundo, encontrarão a paz de Cristo,
mesmo com todas as lendas urbanas do sequestro, do assalto a mão armada,
da corrupção coletiva governamental e da iniciativa privada. E esses
pobres seres humanos também choram e até pensam que são dignos do céu.
Uns acreditam na salvação e que a premissa é dos fracos e oprimidos.
Os
que limitam a apertar os botões das decisões coletivas, encontram no
sistema a exclusão sistemática e a utilização de medidas de
miserabilidade social, como ação política.
A terra gira, gira, e
acentua as diferenças sociais. Há aqueles que emitem ordens, comandos,
abrem fogos, de maneira imperialistas conseguem seus intentos. E há
aqueles sem vozes que obedecem. Mas pior são aqueles que não possui o
chão pra pisar, nem a comida pra comer, tem dificuldade com a escrita e
com a leitura e pensam como os comandantes dos destinos. Estes são os
esfaqueadores de si próprio, que sangram-se e morrem lentamente,
obviamente em sentido figurado.
Somos de uma geração, que
compreendeu o grito do silêncio diante do Golpe cego de 1964, em que
muitas famílias perderam seus filhos ou pais, e muitos sonhos foram
ceifados, muita educação foi sucumbida, muitas instituições foram
interditadas e, muitos homens e mulheres refugiados em manicômios e
perderam tudo outros procuraram a morte.
Há os que crêem que o
capitalismo venceu, há os que crêem que a crise americana faz parte
desta vitória, da gloria humana e da falência do socialismo europeu. E
essa conclusão moral até certo ponto hipócrita socialmente é que
construimos ilusões idealistas como soluções sociais. E cada ser humano
consciente sabe onde doe a ferida de sua chaga, ou seja nos preços dos
alimentos, dos transportes coletivos, e obviamente individuais, no
álário corroído no dia a dia, nos preços dos serviços públicos, na
energia elétrica. E no direito do funcionário público que é consciente
de seu papel de servidor, que pra fazer o Estado cumprir com o seu
papel de guardião dos direitos de todos mantem os serviços, feitos por
funcinários que não tem nem o mês de negociação coletiva respeitado.
Assim diria que o Estado desintegra o homem, como farinha seca exposta
ao vento, e ninguem percebe.
Ah, quanto ao reino do céu, está e
uma bela busca ideológica, entre aqueles que acreditam na literalidade
bíblica, em outros livros sagrados e nos que crêem que a religião é o
ópio do povo e tem Deus como uma utopia idealista.
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