Crônica - A Pandemia e a análise critica socialmente - Manoel Messias Pereira

 


A Pandemia e a análise critica socialmente


Eu que nasci no Século XX e acreditava que ia chegar no Século XXI, em direção a um sonho, há um novo passo, à procura de novas realizações. Eu vim montado no cavalo do tempo. E acreditava na fronteira do conhecimento com realizações fantásticas em diversas áreas da ciência.

A minha crença é que tudo evoluiria e de  vezes em quando revolucionaria. Sempre pensei na paz, sempre achei desnecessário os conflitos,  as mortes por armas individuais ou coletivas. Sempre apostei no sonho da diplomacia que resultasse nos apertos de mãos entre os seres humanos, no respeito a humanidade que houvesse em nós mesmo que fossem mínimas.

E sempre desconfiei do sistema capitalista, sempre, pois tudo se transforma em mercadoria, tudo se transforma em mercado, a vida, o respirar, a natureza, as ideias, as ideologias, a saúde, as doenças, os laboratórios, os remédios, a educação, os recursos naturais, enfim tudo. E nisto vejo o desencontros nos ideiais fraternos, nos acolhimentos, na ideia de solidariedade, que soa sempre como algo voluntário e sinto triste diante disto.

E a minha tristeza é que o mundo continua dividido entre dois mundos, aquele em que a ciência e a tecnologia abrem uma infinita gama de possibilidades e outro onde os mais necessitados continua na lógica da exclusão, ou seja a santa vontade divina esqueceram pelos escombros da existência.

E em pleno século XXI o mundo pode atingir 2,8 milhões de mortos até o início do mês, por um vírus chamado popularmente por Corona vírus. E que no Brasil já fez mais de 200 mil mortos ou seja na semana passada vi na televisão a quantidade de 200.498 mortos. Porém observei que em tragédia o Brasil acompanha as  tragédias das potências capitalista. A maior parte destas mortes estão nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Rússia e no Brasil.

No caso da gripe suína ou como chamavam a H1N1, vimos que os países mais ricos vacinaram -se primeiros e, outros países vacinaram por últimos e muitos ficaram para traz. Hoje já vemos isto ocorrer lá no exterior, enquanto isto no Brasil, o governo fica procurando saber onde localiza a fábrica da vacina, da  ideologia do fabricante embora todos sabemos que são capitalista e que há uma politica de mercado, porém o presidente quer saber a cor da bandeira da cueca do governante, se vai comprara ideologia ou só a vacina se compra a agulha e a seringa. Ou seja um governo de inutilidade, confuso e que não serve para nada. E agora quer  frustrar os Estados que investiram na luta para imunizar sua população. Sem contar que antes esses porcarias de governantes federais ficaram brincando de adivinho com o Clora quina. Uma estupidez.

Antes no Século XX a dor de todos eram apenas a fome e as crianças  cheiravam cola, para matá-las, porém o mundo mudou o Brasil fez o seu Fome Zero, tivemos um presidente que dizia temos que garantir, um almoço um café um jantar a todos os brasileiros. E isto causou um incomodo na elite, que sempre fez da desgraça um comércio. E essa elite agora patrocinou esse Executivo desastroso, e que traz um discurso de recuperar a economia. E pelo visto é essa a minha avaliação política.

O que sei é que ciência e tecnologia não é mágica, não é milagre, é investimento é à aposta que precisa ser para todos e não nesta lógica de um governo dos ricos para os ricos e que explodam-se os pobres. E sei que esses dois mundo dictômicos de convivência pacífica não existe. E sim a vida é da contradição e duma eterna luta de classe no sistema capitalista óbvio.

E quando pensamos num mercado livre como anunciam os neoliberais a ideia era que o mesmo seria capaz de induzir o crescimento nos países em desenvolvimento, no chamado terceiro mundo, principalmente pela circulação de capitais com investimentos locais. A grande maioria do povo entendeu que poderia ter um governo cooperativo, mas devido a propaganda da mídia e uma análise equivocadas dos seus especialistas tendenciosos apostaram na pulverização de toda a infra estrutura que acabou propondo um governo socialmente   entreguistas em relação as riquezas naturais, e assim como todo um desmonte dos serviços públicos e sociais, terceirizando, privatizando e descontrolando vidas, queimando florestas, desgraçando e degradando o meio ambiente e mostrando as claridades dos desarranjo social estabelecido. Bem parecido com leite bebidos pelos neo-nazistas apoiadores do governo.

Hoje vejo o pais num encruzilhada dos  tempos. Numa encruzilhada sem despachos, sem ponto demarcado sem punhal no coração, sem amarração, e o projeto nacional está apenas atrelado ao sucesso de outros países, e não cabe a mim dizer se esse país tem governo ou testa de ferro das grandes potencias e sim cabe apenas verificar, que a Covid mata, contamina lares, traz o infortúnios. E até agora um pateta na presidência não diz para que veio. Parece que os brasileiro realmente perderam a noção do perigo, perderam o juízo, e que deixaram entrar no seu sonho e pesadelo do retrocesso.

Vivemos a pandemia, ficamos em casa engordando comendo comida estragada, vendo uma televisão que induz a comportamentos fora dos padrões morais e éticos. E ao invés de estarmos no senso de um passo para construção de um mundo equilibrado apenas somos consumidor de estupidez, violência e assim estamos na verdade se drogando nesta porcaria de telinha que precisa se reinventar. E ademais um forte abraços virtual, pois temos mesmo é que manter em casa, ter serviços essenciais , lutar nesta guerra, usar máscaras, álcool gel, e seguir os protocolos provindo da Organização Mundial da Saúde.


Manoel Messias Pereira
professor de história
poeta e cronista
São José do Rio Preto




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