Crônica - A reafirmação histórica na Escola Brasileira - Manoel Messias Pereira



A reafirmação histórica na Escola Brasileira

Atualmente creio que haja uma mudança em todo o mundo e ela exige que a população se qualifique e acompanhe essas mudanças. A questão é que a tecnologia surge para dar novas possibilidades profissionais a uma série de seguimentos da nossa sociedade. E dentre essas mudanças é necessário que entendamos a ciências sociais,assim como a política, precisa orientar as novas gerações sobre esse mundo, que é diferente daquele que passou e será muito mais em relação aquele que virá com o futuro.

A disciplina ou matéria da história, como ciência passa também a observar essas mudanças que não é somente tecnológica, mas também sociais. O que não podemos perder de vista. É que essas mudanças não pode servir para excluir parte da totalidade desta população. 

No sistema capitalista em que vivemos é interessante observar que há grupos de pessoas que tens bens patrimoniais, e essas pessoas tens privilégios, pois neste sistema quem tem o capital, está bem. Quem tem a  falta recursos em relação ao capital e tens apenas a força de trabalho para sobreviver com a sua família, fica apenas com o sofrimento social desta sociedade que é feita de injustiça, de forma naturalizada.

Os que tens o capital, tens o poder nas mãos, e tens o poder de decisão. São eles que tens também o poder econômico, são os donos dos meios de produção. São eles que patrocinam os políticos da ordem capitalista.São eles que tens os parlamentares ao seu bel prazer. Já os seres humanos da classe trabalhadora, precisam de reivindicações sociais,, precisam organizar-se e são taxados pelo poder de pessoas não bem vindas. E os seus grupos de ações são muitas vezes criminalizados. Ou seja embora todos precisem de casa pra morar, de terra pra plantar. Salários descentes, que realmente possa cumprir o que está na legislação constitucional do país. Porque o que vemos é o próprio descumprimentos inclusive daqueles que deveriam ser o guardião legal da Carta constitucional, mas não atendem essa espectativa. E vejo até pessoas falando mal dos direitos universais dos seres humanos como a vida.E esse debate é raso nas escolas nas instituições públicas. E isto sim é uma pena.

No Brasil o ensino da história, mostra isto escancara essa realidade, e segue as profundas transformações, que vai ganhando impulsos juntamente com a consciência de uma redemocratização, que é lenta, muito lenta, e tens momentos de retrocessos. Porém como professor de história licenciado observo que houve uma reformulação nos currículos para que os alunos possam ter um olhar mais crítico da realidade. E há hoje uma reivindicação que o ensino de história tenha uma maior integração entre o que se ensina na escola publica do ensino fundamental e médio com aqueles produzidos nas universidades.

No campo da educação vemos a entrada da Lei de diretrizes e Bases de Educação a LDB em 1996 e dos Parâmeros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1997, que foi o resultado dos debates tratados por diversas pessoas que pensaram as novas concepções educacionais. E o que podemos ver foi a busca da cidadania nestes tais parâmetros curriculares nacionais. Em relação aos cidadão temos aqui um que de discordância, que todos são realmente tratados com esse título e digo isto exatamente contestando o sistema na qual vivo no Brasil.

E observo que somente durante o governo de Luis Inácio Lula da Silva é que a Lei 10639/2003 e 11645/2008, que restabeleceu-se a dignidade de contar a história da maioria do povo brasileiro, ou seja negro,indígena e os mestiços. Antes tínhamos uma história bem europeia. Inclusive com valores ideológicos que estamos remetendo ao debate, e dando uma identidade de Brasil ao povo brasileiro, muitos destes considerados seres ou cidadãos de cidadanias inferiores. E isto nós observamos e discutimos na busca da luta pela igualdade, quando o que vemos e a práxis da desigualdade. E o olhar da indiferença da elite. Quando é preciso respeitar as diferenças.

Outro ponto é  que deve ser observada é valorização feminina. Entende-la que a mulher é sujeito de fato e de direito que tens trabalho, paga impostos e, necessariamente necessitamos reconhecê-la socialmente. Assim como rediscutir a todo o momento o processo de criminalização em relação ao aborto, em relação as violências à elas cometidas, desde violências verbais, físicas, chegando muitas vezes ao feminicidio.

Assim como a inclusão nas escolas das portadoras de necessidades especiais, atendendo as chamada Convenção da Guatemala de 1988. E no Brasil desde 2001 em vigor. E que proíbe qualquer escola de exclusão de alunos com deficiências, físicas, motoras, auditivas, visuais  ou até mentais. E assim vemos as escolas adaptando-se, as necessidades destes alunos. E uma adoção de práticas criativas nas salas de aulas e mudanças no projeto pedagógico.

É vejo que nós os professores de história, seja os licenciados como eu ou aqueles bacharéis, que precisam dar os suportes da pesquisa, muito mais urgente para que saibamos estabelecer uma condição de respeito as ciências sociais cabíveis para os nossos estudantes para que sejam capazes de uma análise conjuntural que possibilitem refletir a luz da sua necessidade e da realidade em que vive o Brasil. E se tivermos essas possibilidades saberemos todos nós brasileiros valorizar o patrimônio históricos, saberemos valorizar o mesmo material e imaterial condignamente e com todo o respeito.


Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista, poeta
São josé do Rio Preto-SP. Brasil


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