Crônica - O discurso vazio de conteúdo - Manoel Messias Pereira


O discurso vazio de conteúdo

O país em que nasci,vivo é o Brasil. Uma nação capitalista, que tens na sua história momentos de colonia de uma monarquia absolutista, de império monárquico, de república, que de princípio com ditaduras e democracias burguesas representativa,  porém nunca vi no país o socialismo. Porém o olhar socialista de sociedade isto sim está em nosso imaginário. E até podemos falar sobre isto.

Porém à todos os instantes vejo falar que estivemos próximos do regime socialista. O é uma falácia, pois observo que na sociedade brasileira continuamos a empresas de iniciativas privadas, com uma grande luta pela competitividade, continuamos a observar o crescimento do fosso social entre ricos e pobres, observamos com atenção que o princípio do processo de preconceitos, discriminações de todas as ordens é parte do processo de dominação traçada pelo sistema capitalista. Observamos que há um tratamento diferenciados pelo próprio Estados em relação a população ou seja quem mora na periferia ou quem mora num bairro de classe média alta, verás que jamais onde há seres com maior renda per capita terás bala perdida pelo Estado. Ou assassinato de crianças. E quanto a produção, e a distribuição, de bens produtos e mercadorias, tudo é feito pelo por empresas capitalistas e aqui o individualismo é parte do jogo politico e social.

Para mim o socialismo precisa ter alguns elementos fundamentais tais como: a) Superação dos meios de produção enquanto propriedade privada.
b) superação do regime de produção de mercadoria e enfraquecimento do dinheiro
c) abolição da troca (e da propriedade privada), do consumo de mercadoria, pelo menos dentro da comuna
d)O controle dos produtores sobre o produto do seu trabalho e sobre as suas relações de trabalho, as quais incluem, entre outras coisas, o poder  imediato de dispor o cesso diretos obre os meios de produção e o consumo de mercadoria.
e) O poder dos indivíduos sobre si mesmos, seu relacionamento mútuo, o que entre outras coisas, exclui como não necessário um aparato repressivo a sociedade.

A partir destes conceitos, vamos analisar de que os chamados socialistas utópicos são os verdadeiros pré-cursores do chamado socialismo, que mais tarde será chamado de socialismo científico. Porém há uma fraqueza no sistema do socialismo utópico e que reside em numa sociedade ideal imaginária e dai a ideia de utópica e mais ou menos determinada dentro da visão do sistema capitalista. Ou no fato de que as explicações  das condições do aparecimento da desigualdade social e daquelas que podem desaparecer, são cientificamente insuficientes por se basearem em fatos secundários como violência, moral, dinheiro, ignorância etc, ou seja não parte do problema estrutural econômica e social, da interação entre as relações de produção e o nível de desenvolvimento das forças produtivas. Uma critica que poderíamos até estender aos socialistas cristãos. e por fim é fundamental uma reflexão , sobre os socialistas, os anarquistas, os sociais democratas. 

Com esses apontamentos podemos observar que jamais o Brasil esteve neste nível de mudança. E por isto os atuais discursos que parte da extrema direita e muitas vezes da direita ignorantes, soa estranhamente para quem tens um pouco de leitura e aprofundamento. Embora o Brasil mostre-se que há muito pós graduado em processo de ignorância.

O trabalhador precisa da liberdade, do respeito social, e sabem muito bem que precisam de seus salários, com dignidade, precisam de seus direitos respeitados e de uma sociedade  que possibilitam uma vida plena em que possam cuidar de sua família e da sua própria vida. Porém sabe que num sistema capitalista em quem não tem o capital, a força de trabalho é o seu único bem de troca e ter essas condições básicas mesmo estando num regime capitalistas, estão no marco do processo de exploração do homem pelo homem. E essa superação precisa e pode ocorrer. Por isto quando ouvir as asneiras sobre socialismo no Brasil,  saiba que a maioria é apenas um processo de absurdo e estamos conversados. E que esses discursos são simplesmente vazios de conteúdo.


Manoel Messias Pereira

professor de história, cronista e poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP.



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